quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bala perdida

"Por mim, eu botava era já uma base comunitária da PM na USP (unidade de sociólogos parasitas). Certo que ainda seria um privilégio. Quando dá alguma merda na favela - e sempre dá - vai ver se a polícia chega rapidinho. Chega nada.

Mesmo assim, ai, como ia ser bom!

Pensa só, dava conta de três problemas ao mesmo tempo: acabava com aquela putaiada de greve ano-sim-ano-não, que mantém aquela porra de pé; cortava na raiz aquele bando de petista idiota que fica atravancando o trânsito com passeatas inúteis. E, principalmente, botava na linha aquela playboyzada maconheira vagabunda forgada que se pendura naquela bosta por dez anos e não larga o osso.

Conseguiram espanar o metrô de lá? Foda, mas tudo bem. Se com isso o trânsito piorou, veja só, eles reclamam que os nego quebra lá por dentro. Vá tomá no cu, mas beleza. E agora que mataram um cara lá dentro, o que que eles fazem? Se tocam? Não. Fazem a única coisa que aprenderam: defender a sacralidade do "espaço de reflexão".

E lá vem o dotô, no jornal, dizer que "é necessário manter para a sociedade um espaço de reflexão". E não se cansam de repetir a história de "defender o patrimônio público-social". Peraí, meu chapa. Que mané espaço de reflexão sócio-público-ocaralhoaquatro para a sociedade? Que eu saiba PhD é brinquinho na orelha da Ana Paula Padrão. E EcoSport na garagem, também.

Enfim, acabou o sonho, cinderela. O campus faz parte da cidade. Quer moleza? Come merda.

E não se lambuze demais, que quem tá pagando sou eu"


*extraído da seção Comentários do Jornal do Comércio on-line

Nenhum comentário: